Magnífica reprodução a bico de pena do meu grande amigo XICO (Francisco Carlos S. da Silva) Arquiteto da UFRGS e Designer Gráfico de primeira, retratando o descanso de carreteiros nas várzeas de Porto Alegre no início do século XX.
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Perdemos uma Pastorinha e Lavadeira em Ipoema-Itabira/MG

Pastorinhas e Lavadeiras de Ipoema choram a perda de Ana Maria
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Ana Maria acordou bem mais cedo, hoje 16 de dezembro. Acordou não para cantar o lava-roupas mas para louvar a despedida. Afinal, em Ciclo de Natal, é tempo do Menino Jesus.


Pastoras vamos embora que a madrugada já vem. E complementava: Eu quero ver/ Quero ver/ Quero ver o Menino Deus/ Quero ver/ Quero ver o Menino Deus/ Ah! Meu Bom Jesus/ Na Lapinha de Belém/ Cruzai os nossos passos para o caminho do bem/ Eu quero ver/ Quero ver / Quero ver o Menino Deus.


Ana Maria, obedecendo o tempo certo, foi embora para ocupar outras moradas celestiais.


Nove anos de convívio. Ana Maria para tudo. Ana Maria também de presépios. Ana Maria da solidariedade.


A Pastorinha Ana Maria ao fazer a sua oferenda no presépio, acendia a vela para iluminar o mundo. Em voz firme, assim falava: Luz da alegria. Esta luz simboliza a nossa fé. É a luz que nos ilumina. É a nossa felicidade.


A família Museu do Tropeiro segue em frente para dar continuidade aos caminhos fortalecidos sempre pelos passos da disponibilidade, coragem e alegria da Ana Maria. Nada vai parar, embora seja agora, nosso momento de dor e luto.


Eleni Cássia Vieira
Diretora do Museu do Tropeiro
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Esta é uma hora complicada! Tristeza pela perda do convívio de uma pessoa que acredito que tenha sido muito importante para a família particular dela e para a família do Museu do Tropeiro.

A saudade é uma dor pesada e duradoura amenizada pela lembrança que alivia o fardo quando por alguns momentos, voltamos no tempo e vislumbramos aquela energia, aquela alegria, aquela bondade que certas pessoas nos mostram e nos presenteiam. E é isso que fica de nós, nossas atitudes boas ou más, é o que fica.

Por outro lado, devemos agradecer ao destino pela a alegria de ter participado do mesmo ciclo desta pessoa tão iluminada. O corpo se foi, mas as atitudes de Ana Maria serão eternas e lembradas nas manifestações das Pastorinhas e das Lavadeiras de Ipoema. Ana Maria será mais uma luz, mais um foco de energia boa que se espalhará por entre todos que com ela conviveu e fico feliz por ter tido a honra de conhecê-la, mesmo por pouco tempo terreno, mas foi imenso o prazer.


Um baita abraços para todos da família de Ana Maria e para a família do Museu do Tropeiro, na qual já me incluo (Gaúcho metido este!!).
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Valter Fraga Nunes

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